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O FILHO DA PUTA DO ÁRBITRO

13 de nov. de 2013

arbitro
Acho que nunca te disseram isso, nem ao menos te mencionaram sem que fosse para xingar a sua mãe, todos seus antepassados e a sua conduta. Não é por ti, nem para ti. Mas é por nós. Obrigado, árbitro de futebol, por ser o elemento do nosso cotidiano que ajuda a expulsar todas as angústias e desaforos que se enrolam em nossa garganta, e descem rasgando o nosso brio. 
Os Deuses do futebol não o inventaram somente para apitar aquela falta que não aconteceu, ou para distribuir cartões amarelos gratuitamente para os jogadores do nosso time. O árbitro, conhecido como juíz de futebol, ao ser concebido, além de receber todas as orientações para que visse impedimentos onde não têm e insistisse em dizer que a bola tocou por último no nosso zagueiro, antes de sair pela lateral, recebeu a sua maior e mais importante incumbência ao pé do ouvido, bem baixinho. Seria o personagem principal para apaziguar o coração de quem consegue um tempo no meio da semana para ir ao estádio. E que quando estivesse debaixo de uma cascata de “filho da puta!” e “juíz ladrão!” não fizesse nada mais que apenas correr pelo campo e continuar o jogo como se não fosse com ele.
E realmente não é. Os xingamentos são para todos os fantasmas que queremos expurgar e não temos como voltá-los aos merecedores, por termos que arcar com questões judiciais depois. No estádio não, somos apenas mais uma voz que pragueja ao vento, apenas para conseguir um pouco de leveza naquela semana puxada. Por isso, esses agradecimentos.
Agradecimento a ti, filho da p…digo…seu juíz, por aguentar por 90 minutos os nossos infortúnios transformados em indignação contra aquele escanteio, aquele pênalti não marcado e a porra daquela falta que o jogador assassino merecia ser preso, e você nem bem deu um puxão de orelha. Tudo bem, a gente releva. Sabemos que faz parte desse universo tão apaixonante que é o futebol. Não se preocupe, você não irá morrer, por mais que eu esteja indo contra as 17 mil vozes que cantavam “Uh vai morrer!”, é apenas mais uma forma de se ver livre dos estresses diários. Fale para sua mãe que não é nada pessoal e que, no fundo, sentimos um carinho imenso por ela, explique que é coisa da alma, não é com você, nem com ela, nem mesmo com futebol. É a vida que as vezes puxa e a gente tenta aliviar. Caralho. Que bom que você existe, juíz. Só tente garfar menos o meu time na próxima vez, porra. 
Fonte: testosterona

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